Fazendo cerveja II - Método #fófis
Ingredientes e equipamentos à mão, boralá começar.
- ESTERILIZE os equipamentos, as mãos, tudo o que puder entrar em contato com a cerveja ou com suas mãos. Eu passo álcool até no celular. A maior causa de perda de cerveja é contaminação, e eu nunca perdi nenhuma por isso. Como o processo #roots envolve fervura e cozimento e esse aqui é feito na temperatura ambiente, pode ser que a chance de contaminação inclusive seja maior.
Abra a lata com o malte.
Lá dentro tem um líquido bem viscoso (segundo a pequena Karina, "Nutella"). Se quiser, prove. É malte concentrado, bem doce porque o malte realmente é um grão com bastante açúcar.
- Coloque o bicho em banho-maria por uns 10 min pra facilitar a retirada do extrato.
- Derrame o extrato no balde
- Dissolva um kg de açúcar cristal em dois litros de água quente e acrescente ao balde. Detalhe: no processo #roots nunca adicionei açúcar, mas tem muito cervejeiro bom que adiciona. Como esse processo pra mim é novo, sigamos o manual.
- Misture bem e complete com água até 1 cm abaixo da borda. Lembre-se que quanto mais água, mais cerva..
- Abra o envelope do fermento, despeje em um recipiente que vc tenha esterilizado previamente e dissolva em uns 150 ml de água.
- Coloque a tampa com o sifão. Aqui o sifão improvisado que eu fiz e deu muito certo, caso vc não queira comprar um.
E o que é a fermentação? É a transformação do açúcar presente nos grãos da receita (ou adicionado, como foi nosso caso) em álcool. Ou seja, no fundo, quem "faz" a cerveja é a levedura ou fermento, que é basicamente um fungo que, de forma anaeróbica (sem a presença de ar, por isso é importante a vedação do balde), "come" o açúcar e o transforma em álcool.
Como um subproduto da fermentação é gás (CO2), se a gente simplesmente vedar o balde com a tampa pra que o ar não entre (anaeróbico, lembra?) o balde vao acabar explodindo a tampa, né?
É aí que entra o sifão. É um dispositivo que permite que o CO2 produzido no balde escape pra atmosfera ao mesmo tempo em que impede o ar de entrar no balde. Vc pode usar um sifão comprado pronto (é baratim) em casas especializadas ou construir um, o que funciona muito bem. No post anterior eu descrevi como construir um.
É recomendada uma temperatura de fermentação de 18 a 24°C, e cá em Sanja dentro de casa anda fazendo 14. É muito pouco, a fermentação não começaria com essa temperatura.
O que fazer, então? Ser criativo:
Primeiro coloquei o balde na dispensa, um quarto pequeno e sem janelas.
Depois esperei a primeira noite e o promeiro dia pra ver se a fermentação "pegava". Como o processo fermentativo produz calor, uma vez que ele começa ele meio que se realimenta, crescendo em intensidade até que todo o açúcar seja processado.
E... nada!
Depois coloquei um aquecedor desses domésticos para aquecer o balde, de maneira a elevar a temperatura.
Aí o processo começou a acontecer, ainda tímido, como vcs podem ver no vídeo aí embaixo.
Não é pecado, vc pode completar o balde com água pura (do mesmo tipo que vc usou na mistura). Como eu não tinha dessa água em casa e o parque já estava fechado na hora em que eu fiz a interrupção da fermentação, não pude completar, ou seja, perdi uns 2 litros de cerveja da boa... :(
Agora, é vedar o balde com a tampa (dessa vez sem furo, porque não vamos por o sifão) e esperar uns 15 dias para que a maturação se dê.
No próximo post, a descrição da transição para o primming, última etapa que nos separa da cerveja boa!
- ESTERILIZE os equipamentos, as mãos, tudo o que puder entrar em contato com a cerveja ou com suas mãos. Eu passo álcool até no celular. A maior causa de perda de cerveja é contaminação, e eu nunca perdi nenhuma por isso. Como o processo #roots envolve fervura e cozimento e esse aqui é feito na temperatura ambiente, pode ser que a chance de contaminação inclusive seja maior.
Abra a lata com o malte.
Lá dentro tem um líquido bem viscoso (segundo a pequena Karina, "Nutella"). Se quiser, prove. É malte concentrado, bem doce porque o malte realmente é um grão com bastante açúcar.
- Coloque o bicho em banho-maria por uns 10 min pra facilitar a retirada do extrato.
- Derrame o extrato no balde
- Dissolva um kg de açúcar cristal em dois litros de água quente e acrescente ao balde. Detalhe: no processo #roots nunca adicionei açúcar, mas tem muito cervejeiro bom que adiciona. Como esse processo pra mim é novo, sigamos o manual.
- Misture bem e complete com água até 1 cm abaixo da borda. Lembre-se que quanto mais água, mais cerva..
- Abra o envelope do fermento, despeje em um recipiente que vc tenha esterilizado previamente e dissolva em uns 150 ml de água.
- Coloque a tampa com o sifão. Aqui o sifão improvisado que eu fiz e deu muito certo, caso vc não queira comprar um.
E o que é a fermentação? É a transformação do açúcar presente nos grãos da receita (ou adicionado, como foi nosso caso) em álcool. Ou seja, no fundo, quem "faz" a cerveja é a levedura ou fermento, que é basicamente um fungo que, de forma anaeróbica (sem a presença de ar, por isso é importante a vedação do balde), "come" o açúcar e o transforma em álcool.
Como um subproduto da fermentação é gás (CO2), se a gente simplesmente vedar o balde com a tampa pra que o ar não entre (anaeróbico, lembra?) o balde vao acabar explodindo a tampa, né?
É aí que entra o sifão. É um dispositivo que permite que o CO2 produzido no balde escape pra atmosfera ao mesmo tempo em que impede o ar de entrar no balde. Vc pode usar um sifão comprado pronto (é baratim) em casas especializadas ou construir um, o que funciona muito bem. No post anterior eu descrevi como construir um.
É recomendada uma temperatura de fermentação de 18 a 24°C, e cá em Sanja dentro de casa anda fazendo 14. É muito pouco, a fermentação não começaria com essa temperatura.
O que fazer, então? Ser criativo:
Primeiro coloquei o balde na dispensa, um quarto pequeno e sem janelas.
Depois esperei a primeira noite e o promeiro dia pra ver se a fermentação "pegava". Como o processo fermentativo produz calor, uma vez que ele começa ele meio que se realimenta, crescendo em intensidade até que todo o açúcar seja processado.
E... nada!
Depois coloquei um aquecedor desses domésticos para aquecer o balde, de maneira a elevar a temperatura.
Aí o processo começou a acontecer, ainda tímido, como vcs podem ver no vídeo aí embaixo.
A mistura borbulha por cerca de um dia, mas a fermentação continua acontecendo depois disso, então temos que esperar por sete dias para que todo o açúcar seja realmente processado. Também ocorrem outros processos que tem a ver com o fermento, mas sobre esses não vou entrar em maiores detalhes.
Ao fim dos sete dias a fermentação termina. É hora de passar pra maturação, que é onde a cerveja vai apurar seu sabor.
Pra interromper a fermentação é necessário separar a cerveja do fermento, que a essa altura estará decantado no fundo do balde. Assim sendo, basta derramar a cerva devagarim pra dentro do balde de maturação cuidando para que o fermento se mantenha no fundo do balde de fermentação, sem passar pro balde de maturação. O balde de maturação é aquele em que colocamos uma torneirinha, lembra? A torneirinha var ser usada pra transferir a cerveja para a garraja, na mudança de maturação para o primming.
Taí o filminho do processo:
Taí uma imagem do fundo do balde de fermentação, com o fermento.
Observe que colocamos uns 20g de fermento e no fim tem mais ou menos 10 vezes isso no fundo do balde. É que o fermento, sendo um ser vivo, em presença de um ambiente favorável se reproduz. Esse fermento aí pode ser guardado em geladeira e reutilizado, mas como provavelmente as próximas cervejas que farei serão no mesmo processo e o fermento já vem quando a gente compra o extrato de malte, joguei o bicho fora.
Depois de transferida a cerva, vc pode observar que o volume deu uma "abaixada". Isso é fruto da evaporação, do consumo de açúcar e da própria retirada do fermento:
Agora, é vedar o balde com a tampa (dessa vez sem furo, porque não vamos por o sifão) e esperar uns 15 dias para que a maturação se dê.
No próximo post, a descrição da transição para o primming, última etapa que nos separa da cerveja boa!
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